
‘’Alice, a senhorita sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo, popularmente
conhecido como A Doença das Manias, o TOC...`` Dizia o especialista `` Seu
distúrbio de ansiedade provém de fatores psicológicos e histórico familiar. Há
vários tipos de tratamento, mas no seu caso indico o uso de antidepressivos que
vou te prescrever.’’ Alice, confusa, anotava cada palavra em sua agenda. O fato
do médico ter mencionado o seu histórico familiar a incomodava.. Não
queria lembrar de sua família, muito menos do último episódio ocorrido com sua
mãe. - ‘’Não se esqueça’’ - o médico continua: É sempre importante esclarecer o
paciente e sua família sobre as características da doença. Quanto mais a par
estiverem do problema, melhor funcionará...’’
Após estas
palavras, Alice já se sentia tonta e não conseguia mais ouvir, interrompeu o
médico:
- Com
licença, poderiamos pular esta parte, estou com um pouco de pressa, preciso
usar o banheiro.
O doutor fica
visivelmente irritado, mas termina de escrever a receita e a entrega, apontando
a direção do banheiro no corredor:
- Mas é
claro. Está aqui sua receita, se cuide. O Banheiro fica logo alí.
Alice
escapa da sala apertada do psiquiatra e segue em direção ao banheiro dos
pacientes, mas ao entrar, seu coração acelera. Aos olhos da moça, o banheiro
estava imundo. Enxergava cada sujeira nas pias e cada mancha nas paredes. Mais
do que depressa da às costas ao local e respira fundo. Decide voltar a sala do
doutor:
- Aquele
aquele banheiro está imundo. Não tem outro que eu possa usar?
O homem
ergue uma sombrancelha e diz:
- Algum
problema com o nosso banheiro Alice? Posso pedir para que nossa fa..
Alice está
se sentindo irritadiça e tonta, não espera que o doutor complete a frase e diz:
- Doutor,
por acaso usaria aquele banheiro?
Vendo que a
paciente não está aparentemente bem, quer evitar conflitos e logo diz:
- Está bem.
Vou te levar ao meu banheiro.
O doutor a
leva no banheiro na parte de trás de sua sala e volta para sua mesa. Ao entrar,
Alice fecha a porta e sente o que para ela há de ser um forte cheiro de urina.
O cheiro a deixa mais irritada e tonta do que antes. Tudo está girando ao seu
redor. Sai do banheiro num estado de transe e diz ao doutor:
- Me dá uma
vassoura e um balde.
Mal
consegue enxergar o homem e não tem controle de seu corpo nem das palavras que
acabaram de sua boca. Sente um frio na barriga. Tudo se apaga.
Alice acorda no dia seguinte se perguntando como foi parar presa em uma maca numa
sala branca e vazia.
Escrito por: Emilie Drago
Emilie, acho que ficou interessante. bem melhor que o primeiro.
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